Após período de queda, realização de transplantes ganha fôlego no Brasil

Após um período de queda em virtude da pandemia da Covid-19, a realização de transplantes de órgãos e tecidos voltou a ganhar fôlego no Brasil. O avanço da vacinação contra a doença e a definição de protocolos para a http://web.archive.org/web/20220814005926/https://www.rededorsaoluiz.com.br/especialidades/transplanterealização das cirurgias são apontados pelas autoridades de saúde como os aspectos que favoreceram a retomada dos procedimentos.

Os dados do Registro Brasileiro de Transplantes, publicado pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABOT), confirmam a realização de 16.876 procedimentos no período de janeiro a setembro de 2021. Deste total, 5.141 foram relacionados à doação de órgãos, 9.137 à de tecidos (córnea) e 2.598 à de medula óssea.

Embora os números ainda não estejam próximos dos registros observados nos anos anteriores, eles revelam o aumento dos procedimentos a partir do terceiro trimestre de 2021. Na avaliação da ABTO, há uma relação direta entre o controle dos índices epidemiológicos da Covid-19 e o aumento da realização de transplantes no país.

Queda global

Antes da pandemia da Covid-19, o Brasil era o segundo país que mais realizava transplantes de órgãos e tecidos, em números absolutos, atrás apenas dos Estados Unidos. Mas a crise sanitária provocou a diminuição dos procedimentos em todo o mundo.

Segundo estudo divulgado pela revista científica The Lancet Public Health, foi constatada uma queda global de 16%. Os procedimentos que mais sofreram redução foram os transplantes de rim, pulmão, fígado e coração, nesta ordem.

As informações do Ministério da Saúde mostram que o Brasil acompanhou a realidade mundial. De acordo com o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), 62,9 mil transplantes foram feitos nas unidades de saúde pública em 2020. O número foi 22% menor do que o verificado em 2019, quando o total chegou a 81,4 mil.

Como ser um doador

A retomada da realização de transplantes passa não só pelo controle da Covid-19, mas também pela conscientização da população sobre a importância da doação de órgãos. Segundo o Registro Brasileiro de Transplantes, a taxa de não autorização familiar é de 40%, percentual considerado elevado pela ABOT.

Para ser um doador, é preciso apenas manifestar o interesse. A doação pode ocorrer em vida ou após a morte. No primeiro caso, é possível doar rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão. Para isso, é necessário avaliar a compatibilidade com o paciente que receberá o órgão. A operação é feita por um profissional com residência em cirurgia geral e especialização na área específica do procedimento.

A doação de órgãos após a morte deve ser autorizada por familiares. Por isso, a ABOT orienta que esse tipo de assunto seja conversado entre as famílias, pois essa atitude pode salvar vidas.
Diante da autorização, a Central de Transplantes realiza testes com os potenciais receptores que aguardam na fila. Uma equipe multidisciplinar entra em ação para garantir que o órgão seja transportado de forma correta até chegar à mesa de cirurgia.

Após o procedimento, são indicados os cuidados necessários para a recuperação da pessoa transplantada. Passada essa fase, ela irá levar uma vida normal.

Quer ver mais artigos? Continue navegando pelo site AR Ciência para informações de qualidade sobre saúde, boa forma e qualidade de vida.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *